segunda-feira, 26 de março de 2012

PASTORAL FAMILIAR REALIZA ASSEMBLÉIA EM PIRITIBA

No último dia 25 de março a Pastoral Familiar da Diocese de Ruy Barbosa-BA realizou em Piritiba-BA sua Assembléia de planejamento para o ano de 2012.
Nesta assembléia houve a apresentação do novo casal diocesano juntamente com a nova equipe diocesana da Pastoral Familiar.
Na referida assembléia foi feita a síntese do  15o Encontro do Regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe), avaliação da caminhada da Pastoral Familiar nas paróquias em 2011, apresentação os subsídios e o planejamento para o ano de 2012.
Fizeram-se presentes a esta assembléia 9 (nove) paróquias e o Ponto de Mairi.
Pe. Rones (Pároco de Piritiba) deu as boas vindas aos participantes e logo após houve a santa missa presidida por Pe. Edival e concelebrada por Pe. Ricardo assessor diocesano da Pastoral Familiar.
Agradecemos o apoio dos paroquianos de Piritiba que muito nos ajudaram, o apoio do pároco Pe. Rones, como também a participação de todas as paróquias que se fizeram presentes na assembléia.
Casais coordenadores diocesano
(Arléia e Afonso (Mairi) e Fátima e Dalmy (Piritiba))

Participantes

Equipe Organizadora I

Equipe Organizadora II

Pe. Rones e Pe. Edival

Pe. Ricardo


Marcos Antonio P. de Souza






quinta-feira, 8 de março de 2012

ORAÇÃO PELA MULHER

Obrigado Senhor
por teres criado no mundo a mulher
E por tê-la enriquecido com preciosos dons:
o carinho, a sensibilidade, a beleza,
a ternura, a dedicação e o amor.
 Deste ao homem a graça de encontrar
na mulher:uma amiga, irmã,
companheira, esposa e mãe.
Nela se processa o mistério da vida,
sendo capaz de gerar,
de trazer à luz filhos e filhas.
Sem sua presença no mundo,
o amor estaria fadado à extinção.
E o mundo ficaria pobre e sem sentido.
Perdoa-nos, Senhor,
por nem sempre sabermos reconhecer
o verdadeiro valor da mulher,
por muitas vezes a considerarmos objetos,
sexo frágil e força de trabalho doméstico.
Que também a mulher reconheça seu valor,
sua dignidade e sua missão no mundo.
Que ela não aceite ser instrumentalizada
nem banalizada no seu corpo e nos seus
sentimentos.
Que no corpo e na alma de cada mulher,
possamos continuar encontrando os sinais
de MÃE que nela plantaste. Amém.
(Frei Zeca)

terça-feira, 6 de março de 2012

DIGNIDADE HUMANA E CRISTÃ DA PROCRIAÇÃO

Discurso de Bento XVI à assembleia geral da Pontifícia Academia para a Vida

"A dignidade humana e cristã da procriação não consiste num "produto", mas no seu vínculo com o ato conjugal, expressão do amor dos cônjuges, da sua união não só biológica, mas também espiritual", disse o Papa aos membros da Pontifícia Academia para a Vida, recebidos em audiência na manhã de 25 de Fevereiro, por ocasião da sua XVIII assembleia geral.

Senhores Cardeais
venerados Irmãos
no Episcopado e no Sacerdócio
prezados irmãos e irmãs

É-me grato encontrar-me convosco por ocasião dos trabalhos da XVIII Assembleia Geral da Pontifícia Academia para a Vida. Saúdo-vos e agradeço-vos a todos o serviço generoso em defesa e a favor da vida, de modo particular ao Presidente, D. Ignacio Carrasco de Paula, as palavras que me dirigiu também em vosso nome. O delineamento que conferistes aos vossos trabalhos manifesta a confiança que a Igreja sempre depositou nas possibilidades da razão humana e num trabalho científico rigorosamente conduzido, que tenham sempre presente o aspecto moral. O tema por vós escolhido este ano: "Diagnóstico e terapia da infertilidade", além de ter uma relevância humana e social, possui um valor científico peculiar e expressa a possibilidade concreta de um diálogo fecundo entre dimensão ética e pesquisa biomédica. Com efeito, diante do problema da infertilidade do casal, quisestes evocar e considerar atentamente a dimensão moral, procurando os caminhos para uma avaliação diagnóstica correta e uma terapia que corrija as causas da infertilidade. Esta abordagem nasce do desejo não só deoferecer um filho ao casal, mas de restituir aos esposos a sua fertilidade e toda a dignidade de ser responsáveis pelas próprias opções procriativas, para serem colaboradores de Deus na geração de um novo ser humano. A procura de um diagnóstico e de uma terapia representa a abordagem cientificamente mais correta da questão da infertilidade, mas também a mais respeitadora da humanidade integral dos interessados. Com efeito, a união do homem e da mulher naquela comunidade de amor e de vida, que é o matrimônio, constitui o único "lugar" digno para a chamada à existência de um novo ser humano, que é sempre um dom.
Portanto, desejo encorajar a honestidade intelectual do vosso trabalho, expressão de uma ciência que mantém vivo o seu espírito de busca da verdade, ao serviço do bem autêntico do homem, e que evita o risco de ser uma prática meramente funcional. Com efeito, a dignidade humana e cristã da procriação não consiste num "produto", mas no seu vínculo com o ato conjugal, expressão do amor dos cônjuges, da sua união não apenas biológica, mas também espiritual. A este propósito, a Instrução Donum vitae recorda-nos que, "pela sua estrutura íntima, enquanto une os esposos com um vínculo profundíssimo, torna-os aptos para a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da mulher" (n. 126). Por conseguinte, as legítimas aspirações genitoriais do casal que se encontra numa condição de infertilidade devem obter, com a ajuda da ciência, uma resposta que respeite plenamente a sua dignidade de pessoas e de esposos. A humildade e a minuciosidade com que aprofundais estas problemáticas, consideradas obsoletas por alguns dos vossos colegas, diante do fascínio da tecnologia da fecundação artificial, merece encorajamento e apoio. Por ocasião do X aniversário da Encíclica Fides et ratio, eu recordava que "o lucro fácil ou, pior ainda, a arrogância de se substituir ao Criador desempenha às vezes um papel determinante. Esta é uma fórmula de hybris da razão, que pode assumir características perigosas para a própria humanidade" (Discurso aos participantes no Congresso internacional promovido pela Pontifícia Universidade Lateranense, 16 de Outubro de 2008: AAS 100 [2008], 788-789). Efetivamente, o cientismo e a lógica do lucro parecem hoje dominar o campo da infertilidade e da procriação humana, chegando a limitar também muitas outras áreas de investigação.
A Igreja presta grande atenção ao sofrimento dos casais com infertilidade, interessa-se por eles e, precisamente por isso, encoraja a pesquisa médica. Todavia, a ciência nem sempre é capaz de corresponder aos desejos de numerosos casais. Então, gostaria de recordar aos esposos que vivem a condição da infertilidade, que isto não faz malograr a sua vocação matrimonial. Pela sua própria vocação batismal e matrimonial, os cônjuges são sempre chamados a colaborar com Deus na criação de uma humanidade nova. Com efeito, a vocação ao amor é uma vocação ao dom de si, e esta é uma possibilidade que nenhuma condição orgânica pode impedir. Portanto, onde a ciência não encontra uma resposta, a resposta que doa luz provém de Cristo.
Desejo encorajar todos vós aqui reunidos para estes dias de estudo e que às vezes trabalhais num contexto médico-científico onde a dimensão da verdade permanece ofuscada: continuai pelo caminho empreendido, de uma ciência intelectualmente honesta e fascinada pela busca contínua do bem do homem. No vosso percurso intelectual não desdenheis o diálogo com a fé. Dirijo-vos o apelo urgente, lançado na Encíclica Deus caritas est: "Para poder agir retamente, a razão deve ser continuamente purificada porque a sua cegueira ética, derivada da prevalência do interesse e do poder que a deslumbram, é um perigo nunca totalmente eliminável [...] A fé permite à razão realizar melhor a sua missão e ver mais claramente o que lhe é próprio" (n. 28).
Por outro lado, precisamente a matriz cultural criada pelo cristianismo - radicada na afirmação da existência da Verdade e da inteligibilidade da realidade, à luz da Suma Verdade - digo a matriz cultural, tornou possível na Europa da Idade Média o desenvolvimento do saber científico moderno, saber que nas culturas precedentes tinha permanecido só em embrião.
Ilustres cientistas e todos vós, membros da Academia comprometidos na promoção da vida e da dignidade da pessoa humana, tende sempre presente também o papel cultural fundamental que desempenhais na sociedade e a influência que tendes na formação da opinião pública. O meu predecessor, beato João Paulo II recordava que, "precisamente porque "sabem mais", os cientistas são chamados a "servir mais"" (Discurso à Pontifícia Academia das Ciências, 11 de Novembro de 2002: AAS 95 [2003], 206). As pessoas têm confiança em vós que servis a vida, tem confiança no vosso compromisso a favor de quantos precisam de alívio e esperança. Nunca cedais à tentação de tratar o bem das pessoas, reduzindo-o a um mero problema técnico! A indiferença da consciência em relação à verdade e ao bem representa uma ameaça perigosa para um progresso científico autêntico.
Gostaria de concluir, renovando os bons votos que o Concílio Vaticano II dirige aos homens de pensamento e de ciência: "Felizes os que, possuindo a verdade, continuam a procurá-la, a fim de a renovar, de a aprofundar e de a transmitir aos outros" (Mensagem aos homens de pensamento e de ciência, 8 de Dezembro de 1965: AAS 58 [1966], 12). É com estes bons votos que vos concedo, a todos vós aqui presentes e a todos os vossos entes queridos, a Bênção apostólica. Obrigado!


FONTE: L'Osservatore Romano - 3 de Março de 2012